Uma história dos tempos medievais conta que
Um rei decidiu acertar contas com seus empregados. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia muita grana, muita mesmo. Como não tinha condições de pagar, o rei ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos como escravos para pagar a dívida. O empregado se ajoelhou na frente do rei e lhe implorou:
'Tem paciência comigo, e eu vou te pagar tudo'. O rei então teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir.
Mas quando aquele empregado saiu, encontrou um de seus companheiros de trabalho, que lhe devia umas cem pratas, agarrou ele pelo pescoço e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Paga o que você me deve, seu nó-cego!' Então esse comapanheiro de trabalho caiu de joelhos e implorou pra ele:
'Tem paciência comigo, e eu vou te pagar tudo'. Mas ele não quis nem saber. Saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse toda a dívida.
Quando os outros companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram indignados e foram contar pro rei tudo o que aconteceu. Então o rei chamou ele e disse:
'Cara como você mau, eu cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu companheiro como eu tive de você?'
Irado, o rei entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia.
Essa história é uma das parábolas contadas por Jesus em Mateus 18.23, e ele termina a história com o seguinte ensinamento:
"Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão".
Os amargurados, muito sofrem e muitas vezes não encontram o porquê. A mágoa é a retenção do perdoar, é o próprio veneno tomado na esperança de que o outro morra.
Perdoar talvez seja uma das mais pesadas "cruzes" que o cristanismo prega para se carregar. Mas é também uma das maiores provas de que Deus é justo.
Tantos são nossos erros, pecados e afastamento de Deus, e ainda assim Ele não nos negou perdão. Não perdoarmos alguém, é no mínimo incoerente e injusto, tendo em conta perdão que temos a mão.
"Deus não castiga, Ele é justo". Meu amigo Roney de Carvalho uma vez me ensinou isso, e é mais do que correto. Se na nossa parábola acima, o rei simplesmente ignorasse a injustiça que o seu empregado cometeu, ele estaria sendo conivente com seu erro, então ele seria injusto. Nesta história, o rei é Deus, e se Deus não fosse justo, deixaria de ser Deus.
Perdoar é uma decisão, muitas vezes dolorosa, e as vezes até deixa cicatrizes, que neste caso, servirão de testemunho para as alegrias vindouras.
Termino com um fragmento da oração ensinada por Jesus, que nos ensina a dinâmica de sermos perdoados por Deus:
"Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores" Mateus 6.12
Pense nisso, decida perdoar para ser perdoado(a).
Com carinho
Edu Dantas
0 Response to "Tomar veneno e esperar que o outro morra?"
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